segunda-feira, 30 de junho de 2008

Experiência, Aarhus, Acidente e Descriminação

#Nota: Este post foi escrito no dia 30 de Junho, mas só agora tive tempo de o publicar... (as referências temporais poderão estar deslocadas).

Como podem ter reparado neste post, cortei o cabelo de uma forma esquisita, neste post vou falar um pouco sobre isso e sobre outras coisas.

Quando estive em Paris e cortei o cabelo aproveitei uma fase intermédia do corte para tirar umas belas fotografias, e desde então fiquei com ela fisgada para experimentar esse look. E nada melhor do que aproveitar que estou em Erasmus para o fazer. Ainda para mais daqui a uma semana já estarei de volta ao Porto, assim não corria o risco de denegrir, muito, a minha imagem!=P

Então esperei até ao fim dos exames para o fazer. Pedi a máquina emprestada a um Polaco e tentei fazer o corte sozinho. Claro que, como não estou habituado, tive que ligar a alguém para me ajudar porque aquilo não estava a ficar lá muito bem. O Kowal lá veio e corrigiu um bocado o que eu tinha começado.

A melhor parte de ter cortado o cabelo assim foi ver a reacção das pessoas, de quem ouvi a constante pergunta "Why?" ao que eu simplesmente respondia "because.", muitos pensavam que tinha sido alguma aposta, mas a verdade é que eu só quis experimentar. =)

Because
Nessa noite houve festa no school bar e depois no P3, foi a minha última festa no P3 e foi uma das melhores. O Franz (um alemão que a organizou) arranjou um Deejay a sério e isso fez uma grande diferença. (Para dizer a verdade não foi a última, no dia seguinte ainda passei por outra festa que lá fizeram, mas aquilo estava tão deprimente, porque o pessoal foi todo para o centro da cidade, que eu prefiro pensar que a de sexta-feira foi a última festa no P3...).

No dia seguinte fui visitar Aarhus com o Marek e o Kowal, e lá encontrámos o Luca (It), a Erika (It) e o namorado Peter (Hun) e uma rapariga que eu não sei o nome, que estava cá de visita a um francês que, por estar doente, não foi a Aarhus.

Música nas ruas de Aarhus

Em Aarhus apercebi-me de uma coisa, não importa o quão estranho o teu penteado possa ser, há sempre alguém que te supera, há sempre alguém tão ou mais estranho... é assim a vida. Também me apercebi que ainda assim montes de gente ficava a olhar para o meu cabelo.

Em Aarhus encontrei uma bandeira de Portugal no chão, um bocado espesinhada =(
Lá visitamos "The Old Town" um Museu ao Ar Livre muito porreiro, aonde tive a oportunidade de experimentar umas pequenas andas que eles lá tinham. Não sou o maior artista com andas, mas ainda consegui dar uns passos. Uma coisa engraçada é que foi uma senhora dos seus cinquenta anos que nos ensinou como pegar nas andas, esta juventude de hoje em dia já não sabe nada.

À porta da chapelaria
Eu junto dos "meus"

O punk e o seu mini milk!

Azelhas
Agora sim!
Nós na Old Town
Nessa noite em Horsens decidi alterar um pouco o meu look e por um bocado de gel, porque estava com um aspecto um bocado agressivo, assim fiquei um punk mais fashion, mais shinny.



Depois do jantar fomos com uns membros da cozinha do Marek até aos bares no centro na cidade, foi a minha primeira vez e depois dessa fiquei com pena de só ter sido agora. Tudo bem que é um bocado caro (a cerveja e a coca-cola lá são 45 DKK e no School Bar são 10DKK (1,30€)), mas foi muito agradável a noite, ainda hei-de voltar lá antes de me ir embora.

Mas a noite não começou bem para mim. Estávamos nós a sair aqui da zona das residências cada um na sua bicicleta quando nos pomos a gozar tipo "o último a chegar é um ovo podre" ou "o último a chegar paga as cervejas". Posto isto eu começo a pedalar com muita genica e decido levantar-me na bicicleta para ganhar mais velocidade, quando me estou a levantar a corrente salta os pedais ficam leves de repente, o meu pé escorrega vai ao chão e depois não sei muito bem, apenas que me esparramachei no chão, felizmente não de cabeça. Resultado cotovelo inchado, joelho inchado, mão raspada, perna esquerda toda arranhada e a bicicleta com uma forma diferente. Felizmente não foi grave e foi tudo ao sítio, quer dizer a bicicleta foi ao sítio o meu corpo está a tratar disso ainda. Não deixo de me espantar com a resistência do corpo humano, eu não ia muito rápido mas tenho para mim que foi uma queda bastante aparatosa.

A minha bicicleta a ser operada
Depois de uns minutos para me recompor e à bicicleta lá seguimos até ao centro, e devo confessar que cheguei em último...

Quando chegamos fomos a um bar chamado "Caffe Koks", com música ao vivo, muito porreiro. Era um rapaz (guitarrista) e uma rapariga (vocalista) e estavam a tocar versões de Radio Hits, muito fixe mesmo.

Música ao vivo no Caffe Koks
Depois de estarmos lá cerca de uma hora fomos ver um bar discoteca que tem ali ao lado e aí eu acho que fui vítima de discriminação! Estávamos nós à porta do tal sítio e estava uma pequena fila de 5 ou 6 pessoas e o segurança veio falar primeiro com o Kuba (o meu amigo Polaco com rastas) e disse-lhe que não podia entrar porque estava de sandálias, pronto eu até percebi que não era um calçado que se adequasse muito ao local, mas depois virou-se para mim e disse que eu não podia entrar porque estava com, o que ele chamou de, "Running Shoes". Eu acho que quando ele disse "Running Shoes" se estava a referir ao meu cabelo, porque eu estava usar umas sapatilhas normais que comprei na SportZone, sem ser na secção de corrida... Mas pronto, também não sou uma pessoa que goste muito de discotecas.

Passado esse episódio acabamos por ir para o "Vitus Bering Pub", que eu só tinha visto de longe uma vez e me pareceu um bocado estranho, mas que entrando é muito agrádavel, mesmo muito. Curti o sítio e achei bem melhor que a pseudo-discoteca, cujo nome é "Hekkenfeldt", ou algo assim.

Foi uma noite muito porreira, a última do Marek e do Kowalcze, depois do "Vitus Bering Pub" e de uma paragem para comer uma fatia de pizza é que passámos no P3, mas mais valia não o termos feito.

No Domingo ainda andei com o cabelo à punk, mas já me estava a cansar. Era estranho olhar ao espelho, ver um punk e não me identificar assim muito. Por isso ontem rapei o cabelo todo. Foi uma experiência interessante e fiquei a saber que não é estilo para mim, eu nem gosto, nem conheço, música punk por aí além.

Faltam agora 4 dias para regressar a Portugal.

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